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domingo, 4 de dezembro de 2011

2012: o plano de voo de Eduardo

Do Jornal do Commercio
Com um capital político que lhe garante em torno de 90% de popularidade no Estado, o governador Eduardo Campos não quer cometer o desatino de arriscar seu nome interferindo na campanha eleitoral dos municípios onde a base aliada tende a se engalfinhar em 2012. Candidatos de municípios como Goiana e Paulista, onde o PSB disputa espaço consigo mesmo ou com membros da Frente Popular bem-quistos pelo Palácio do Campo das Princesas, não devem contar com Eduardo ao vivo e a cores nos palanques. A fórmula do governador será expor sua imagem de forma inversamente proporcional à temperatura das disputas dentro da base.
A atuação de Eduardo, segundo analisam socialistas com acesso frequente ao governador, será influir no processo eleitoral sem prejudicar o próprio patrimônio eleitoral. "A intenção é não trazer briga para o Palácio, e o governador tem a habilidade de não deixar as disputas pegarem fogo por causa de antecipação (do debate eleitoral). Em 2008, todos diziam que essa estratégia daria errado, mas foi uma tranquilidade. Ele vai pilotar a distância", diz um socialista da confiança do governador. Na linha de frente, os "soldados" escalados para os casos delicados serão os secretários da Casa Civil, Tadeu Alencar, e de Articulação Regional, Sileno Guedes, este também presidente regional do PSB.
Em Jaboatão dos Guararapes, por exemplo, se a candidatura do deputado estadual João Fernando Coutinho se confirmar, o governador não deve ir para o corpo a corpo ao lado do parlamentar. É que, apesar de em tese ser oposição ao prefeito e candidato à reeleição Elias Gomes (PSDB), entram em jogo a antiga amizade com o presidente nacional do PSDB, deputado federal Sérgio Guerra, e o apoio mais que escancarado que recebe de 15 dos 17 prefeitos tucanos em Pernambuco. Colocar o governador na linha de frente, então, só em caso de segundo turno.
No caso de Paulista, a prefeitura já é do PSB e o Palácio já decidiu que o vereador Júnior Matuto entrará na luta pela cadeira hoje ocupada por Yves Ribeiro. O problema que impedirá a ida do governador para os eventos de campanha são os adversários que se movimentam até agora: Sérgio Leite, deputado estadual do PT que já se candidatou nos últimos dois pleitos e perdeu para Yves, e Jorge Carreiro (PCdoB), ex-presidente da Companhia Estadual de Habitação (Cehab) na gestão Eduardo.Subindo à Mata Norte, Goiana aparece com duas opções socialistas à sucessão do comunista Henrique Fenelon. Apesar de historicamente ligado à Mata Sul, o deputado estadual Aluísio Lessa foi escalado pelo Palácio para disputar espaço num município de peso econômico, que receberá nos próximos anos a fábrica de hemoderivados da Hemobrás e uma montadora da Fiat. No entanto, o vereador Carlos de Joca (PSB), amigo do governador, quer ser candidato. Por isso, a conciliação entre os dois será uma das primeiras providências da pré-campanha em 2012.
PRESENTE
Por outro lado, há aqueles municípios em que, mesmo antevendo colisão entre pré-candidatos de partidos aliados, o governador está decidido a dar as caras e pedir votos para seu escolhido. É o caso de Igarassu, onde o deputado federal Severino Ninho (PSB) sonha em voltar à cadeira de prefeito. A briga direta é com o prefeito Gesimário Baracho, que trocou o plantel socialista pelo PT e rompeu com Ninho, que era o prefeito e o apoiou em 2008.
Em Olinda, o prefeito Renildo Calheiros (PCdoB) tem o apoio de Eduardo, a despeito da pré-candidatura da deputada Teresa Leitão (PT). Como a parlamentar costuma criticar o Executivo Estadual e nem sempre está a seu lado nas decisões de bancada governista, vide sua posição contrária à aprovação da emenda que possibilitou a reeleição de Guilherme Uchoa (PDT) a presidente da Assembleia, não será constrangimento algum para o governador participar de eventos em favor de Renildo, aliam governistas

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