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Hoje é o dia da eleição, pela Câmara, do substituto de Ubiratan Aguiar como ministro do Tribunal de Contas da União.
O dia amanheceu com sete candidatos:
Aldo Rebelo (PCdoB-SP)
Ana Arraes (PSB-PE)
Átila Lins (PMDB-AM)
Damião Feliciano (PDT-PB)
Milton Monti (PR-SP)
Vilson Covati (PP-RS)
Rosendo Severo (único não-deputado, auditor federal indicado pelo PPS)
É provável que alguns desses nomes desistam antes da votação, que não terá segundo turno. Mas no final da noite de ontem, no Congresso, apenas dois nomes eram tidos como favoritos: Ana Arraes e Aldo Rebelo.
A primeira, com o apoio ostensivo de seu filho, o governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), e do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O segundo, com o apoio da ala mais rebelde dentro da base governista — à esquerda e à direita – e da bancada ruralista, por ter sido um relator aliado no projeto do novo Código Florestal.
A candidatura de Átila Lins começou a fazer água com os rumores generalizados de traições dentro do PMDB, a começar pelo próprio líder, Henrique Eduardo Alves, que estaria trabalhando nos bastidores por Ana Arraes.
A bancada do PMDB, no entanto, anda em crise com o líder, e isto conta pontos em favor de Aldo. Mais ainda se Lins desistir, pois seus eleitores migrariam tranquilamente para o candidato comunista. Mas se o peemedebista não desistir, quem se beneficia é Ana Arraes, e Aldo terá que contar na legenda apenas com as traições do voto secreto.
No PT, o deputado Sérgio Barradas (BA), que desistitu da candidatura para assumir a relatoria do Código do Processo Civil, afirma que Ana Arraes conta com “enorme maioria”.
Ou seja, noves fora, a soma dos votos nos dois maiores partidos da Câmara está indefinida.
A situação na oposição é a seguinte:
Segundo o presidente do PSDB, deputado Sérgio Guerra (PE) — que é eleitor de Ana Arraes –, a deputada que também recebeu o apoio do senador Aécio Neves (MG) tem maioria na legenda, “mas não é tão grande assim. Aldo tem muitos votos também”. Na verdade, também fala-se muito em traições na bancada do PSDB.
No DEM, o líder ACM Neto, eleitor de Aldo, afirma que o candidato comunista “tem maioria avassaladora na bancada”. A lógica do DEM é simples: o arquiinimogo do partido, Gilberto Kassab, do PSD, ameaça formar um bloco parlamentar com o PSB de Eduardo Campos e manifestou apoio a Ana Arraes. Então o DEM vai em peso para o outro lado.
Resultado: indefinição completa também na oposição.
Como sempre, acabará ganhando a eleição quem conquistar o baixo clero.
E o baixo clero, no Congresso, é sempre uma incógnita: elegeu vários ministros do TCU contra a vontade dos governos e dos partidos majoritários.
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